A formação dos educadores é naturalmente crucial em todo e qualquer processo que vise a adequada integração das tecnologias em contexto educativo (Clements, 1999; Haugland, 2000; Kosakowsky, 1998). Com efeito, uma das principais razões apontadas para a resistência à integração das tecnologias na escola prende-se com a inadequada ou limitada preparação dos educadores e professores para a sua utilização (Ponte, 2002; Stables, 1997). Quando os professores/educadores aprendem a usar as novas tecnologias no contexto da sua escola, da sua sala, com as crianças reais e de acordo com objectivos igualmente reais, têm muito mais possibilidades de beneficiarem desta formação e com ela melhorarem a qualidade dos contextos de aprendizagem em que desenvolvem a sua actividade.
Os educadores/professores que têm consciência de que as novas tecnologias, para além de instrumentos promotores de experiências educativas junto das crianças, são também meios de comunicação e de colaboração entre profissionais, constituindo-se portanto como poderosos instrumentos do seu próprio desenvolvimento profissional. Para além de permitirem a realização de um conjunto de tarefas de apoio ao desenvolvimento de trabalho com as crianças e de organização das actividades, permitem ainda, através das possibilidades de comunicação online, estabelecer facilmente interacção entre pares e com especialistas, abrindo desta forma um leque muito vasto de oportunidades de formação colaborativa. Na verdade, estas novas “comunidades de aprendizagem” podem constituir-se como um novo e estimulante espaço pedagógico, também ao nível da formação de professores.
As novas tecnologias e a Internet oferecem pois oportunidades para o desenvolvimento profissional que até há poucos anos não podíamos equacionar. À medida que os educadores/professores se tornam utilizadores mais competentes e confiantes da tecnologia utilizando-a no âmbito da sua formação profissional, tornam-se também mais aptos a utilizarem-na adequadamente com os seus alunos (Jonassen et al., 2003).
Esta formação, para além da formação creditada, terá de passar muito pela auto-formação, prática individual ou em grupo através da partilha e da cooperação entre pares. O Professor Bibliotecário assume um papel fundamental enquanto elemento formador de utilizadores e promotor do trabalho colaborativo.

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