domingo, 5 de dezembro de 2010

Workshops “Utilização das TIC em contexto educativo”

No âmbito da formação de utilizadores, a Professora Bibliotecária da Biblioteca José Ferreira Brandão vai dinamizar Workshops sobre a utilização de várias ferramentas TIC em contexto educativo. Assim, solicito que os colegas interessados respondam à sondagem apresentada na lateral direita do blog sobre o tema pretendido (até 18 de Fevereiro de 2011). De forma a calendarizarmos os mesmos proponho as seguintes datas:

2 de Março de 2011
(tema a designar após o fecho das sondagens)
16 de Março de 2011
(tema a designar após o fecho das sondagens)
23 de Março de 2011
(tema a designar após o fecho das sondagens)
30 de Março de 2011
(tema a designar após o fecho das sondagens)

As inscrições ocorrerão entre 19 e 27 de Fevereiro de 2011, através do comentário a esta mensagem. O limite máximo de inscrições por sessão é de 10 professores.
As sessões terão a duração de 2h que decorrerão entre as 14:30 e as 16:30.

Formação, auto-formação e o trabalho colaborativo

A formação dos educadores é naturalmente crucial em todo e qualquer processo que vise a adequada integração das tecnologias em contexto educativo (Clements, 1999; Haugland, 2000; Kosakowsky, 1998). Com efeito, uma das principais razões apontadas para a resistência à integração das tecnologias na escola prende-se com a inadequada ou limitada preparação dos educadores e professores para a sua utilização (Ponte, 2002; Stables, 1997). Quando os professores/educadores aprendem a usar as novas tecnologias no contexto da sua escola, da sua sala, com as crianças reais e de acordo com objectivos igualmente reais, têm muito mais possibilidades de beneficiarem desta formação e com ela melhorarem a qualidade dos contextos de aprendizagem em que desenvolvem a sua actividade.

Integração das TIC nas Actividades Curriculares

A utilização da tecnologia na escola não constitui um objectivo em si mesmo: “Learning to use the computer should only be a secondary objective. Learning to communicate, to draw, to color, to share and take turns-those preschool goals should be primary and one way of learning them is to use the computer” (Pierce, 1994) Efectivamente, não se trata de ensinar os jovens a usar as TIC mas antes, de as pôr ao serviço do seu desenvolvimento educacional. Uma utilização correcta das novas tecnologias permite expandir, enriquecer, diferenciar, individualizar e implementar a globalidade dos objectivos curriculares. Portanto, as actividades desenvolvidas em torno da tecnologia devem ser encaradas como novas oportunidades educativas .
Ficam aqui dois exemplos de integração das TIC nas actividades curriculares, desenvolvidas na e com o apoio da BE. A primeira desenvolveu-se com uma turma de CEF, no âmbito da Segurança da Internet, em que os alunos participaram nas actividades promovidas pela SeguraNET no dia 9 de Fevereiro aquando do Dia Europeu da Internet Segura.
A segunda actividade desenvolvida teve como destinatários duas turmas de PIEF, que utilizam com frequência os recursos da BE nas suas actividades lectivas, e como tal houve necessidade de efectuar uma sessão de formação de utilizadores mais aprofundada, recorrendo ao uso/exploração do Catálogo on-line da BE.

O Professor e as TIC

Melhorar a qualidade da educação passa, entre muitas outras coisas, por saber tirar partido dessa tecnologia, por pô-la ao serviço de um projecto educativo renovado em que para além do que se aprende, se aprende a aprender. Assim, mais uma vez, a resposta possível não está na tecnologia mas sim nas pessoas e nas instituições. Para que esse projecto educativo se renove na globalidade das escolas é necessário um esforço concertado de todos os que, de um modo ou de outro, têm responsabilidades na construção de uma escola de sucesso, desde os decisores políticos, aos professores, às instituições que formam os professores, que têm aqui um papel determinante, aos pais e à comunidade educativa em geral.

Como refere Guilhermina Lobato Miranda em “Limites e possibilidades das TIC em Educação”, relatando Clark “que os Media Educativos por si só nunca influenciarão o desempenho dos estudantes. Os efeitos positivos só se verificam quando os professores acreditam e se empenham de “corpo e alma” na sua aprendizagem e domínio e desenvolvem actividades desafiadoras e criativas, que explorem ao máximo as possibilidades oferecidas pelas tecnologias.”
 
Assim, os professores devem implementar actividades centradas no aluno e no desenvolvimento das suas competências. As actividades decorrentes dos sete princípios de Cunningham possíveis de realizar recorrendo ao uso da tecnologia são: a comunicação e a troca de ideias (através de e-mail, newsletters, listas de grupos, fóruns, entre outros), aceder e analisar informação (por exemplo a partir dos recursos existentes na Internet), resolver problemas (desenvolvendo trabalho colaborativo através do uso das plataformas de aprendizagem) e produzir e apresentar ideias (construindo simulações, publicando sites na Internet ou utilizando ferramentas multimédia).
Neste contexto de ensino aprendizagem o papel do professor altera-se substancialmente, deixando de ser o detentor e único conhecedor da informação e passa a ser e dinamizador e moderador das actividades propostas ao aluno. Este novo perfil exige uma formação exigente e diferente, passando por duas fases: primeiro a formação a nível técnico (no uso de novos instrumentos ou equipamentos e ferramentas inerentes ao seu funcionamento) e segundo a aquisição e desenvolvimento de novas competências didácticas e pedagógicas a utilizar com os novos equipamentos.

sábado, 4 de dezembro de 2010

A utilização das TIC em contexto educativo

Os avanços tecnológicos têm modificado o nosso mundo de uma forma bastante profunda, não tendo sido afastada desta realidade a escola. Assim, confrontamo-nos com a necessidade premente e inevitável de a renovar, importando principalmente aproveitar esses avanços como impulsionadores dessa mudança, tendo em vista uma Escola de construção de saberes e de formação de cidadãos capazes de aprender a construir conhecimento e a viver num mundo de novas exigências que impõe cada vez mais a aprendizagem ao longo da vida.
As TIC não devem ser vistas apenas como um contributo do trabalho que desenvolvem, integrando-se nas rotinas de trabalho da sua sala, e nas actividades habitualmente desenvolvidas, mas dando igualmente lugar a novos projectos e a novas formas de acesso e de construção de saberes. Ou seja, as TIC na escola devem ser entendidas como um instrumento cultural ao serviço de experiências de aprendizagem educacionalmente relevantes.
Não basta integrar as novas tecnologias nos contextos de aprendizagem para assegurarmos a melhoria da sua qualidade. De facto, há que pensar uma adequada integração e utilização das TIC se queremos, efectivamente, criar ambientes educativos mais ricos que promovam uma aprendizagem de natureza construtivista.